Sabor ou Calorias?
Nem um, nem outro...
O rótulo de um alimento industrializado tem duas partes. Uma traz informações gerais sobre o produto - o que é, quem produz, ingredientes, lote, prazo de validade e modo de utilização. A outra é a própria tabela de informações nutricionais, com valor calórico, quantidade de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras), alguns micronutrientes (vitaminas e minerais) e fibra , tudo calculado pela porção definida.
De olho nisso, a dona de casa Marilda Salomé, de 49 anos, compra sempre o mesmo pão de forma light com sete grãos. "Escolho em função do gosto e das calorias", afirma. Segundo o nutricionista Marcus Ávila, do Instituto Mineiro de Endocrinologia, esse é o erro mais comum. "As pessoas se prendem muito ao valor calórico mas não identificam a origem dessas calorias. Os carboidratos, proteínas e gorduras são os responsáveis pelo valor calórico do alimento. Mais importante que olhar a quantidade de calorias, portanto, é saber de onde vêm e o tamanho da porção calculada para elas."
Segundo o especialista, cada grama de carboidrato ou proteína fornece quatro calorias, contra nove calorias de cada grama de gordura. Se três alimentos diferentes fornecem 200 calorias cada, mas um é rico em gordura, outro em proteína e o terceiro em carboidrato, apesar do mesmo valor calórico eles atuam de forma diferente no organismo e o rico em gordura, provavelmente, será mais prejudicial. De forma geral, na hora de escolher entre dois produtos, a orientação é priorizar o que tem mais baixo valor de referência para gorduras saturadas, gordura trans e sódio, e mais alto para fibras. Na necessidade de um desempate é que entra o valor calórico.
Se cada vez que for às compras o consumidor se dedicar a escolher uma classe de alimentos, logo terá a lista certa do que comprar. O processo é simples: com os dois produtos em mãos, atribui-se um ponto ao vencedor em cada critério. Por exemplo: o produto A tem dois pontos por ter menos gordura trans e saturadas. Mas o B, além de menos sódio tem mais fibras, merecendo os mesmos dois pontos. A decisão, então, fica para a caloria. A melhor opção, nesse caso, é o que tem os menores índices.
Mas esse maior acesso à informações também não deve virar fixação. Segundo o endocrinologista Geraldo Santana, diretor do Instituto Mineiro de Endocrinologia, o organismo, em condições normais, sabe lidar com eventuais excessos ou falta de nutrientes, vitaminas e minerais. "A pessoa não precisa ficar obstinada com os números. O objetivo de se informar quanto às quantidades necessárias é para ficarem mais próximas de uma alimentação adequada no dia a dia, exigindo menos esforço do corpo nesse trabalho de compensação, que nem sempre pode estar funcionado perfeitamente."
Particularidades
O administrador Rodolfo Moraes, de 50 anos, com predisposição genética para o diabetes, tem outro método de escolha. "Caloria não é tão importante, olho mesmo é a lista de ingredientes para ver se o produto tem açúcar." Em dieta - ele já perdeu 13 quilos desde setembro do ano passado - na hora de comprar iogurtes Rodolfo também verifica se o carboidrato e a gordura saturada é elevada. "Não faço a compra só para mim, e sim para toda a família. Mas estou sempre priorizando os lights."
O nutriente observado vai depender do caso. Segundo Geraldo Santana, pessoas em dietas para emagrecimento e diabéticos devem observar o carboidrato e quem tem dislipidemia, as gorduras saturadas e o colesterol. Para estimular o crescimento em crianças e prevenir ou tratar a osteoporose em adultos, a atenção deve ser no cálcio e na vitamina D. E para cardiopatas, hipertensos ou pessoas com insuficiência renal, é o sódio que merece vigilância. As fibras, por outro lado, têm papel central em quase todos os casos. "Melhoram o diabetes, reduzem o colesterol, aumentam a saciedade e atenuam a constipação intestinal."
Em dieta de manutenção depois de emagrecer 14 quilos, a advogada Diana Uchôa Torres Lima, de 30 anos, está atenta às tabelas de informação calórica, mas se queixa da sua falta de clareza. "Tem embalagem de 100g em que adotam a porção de 80g. Quando o produto é muito grande justifica dividir em porções menores, mas nesse caso não vejo sentido. Acabamos tendo que fazer contas e fica difícil. A tabela não é de fácil compreensão. É preciso estar realmente disposta, pois são muitos dados."
Glossário para ler rótulos
Acidulantes: aditivos químicos que modificam a sua acidez ou melhoram o sabor dos alimentos. Por controlar o pH, evitam a ação de micro-organismos e podem aumentar a durabilidade do produto. O uso excessivo pode provocar cirrose hepática, descalcificação dos dentes e dos ossos.
Antioxidantes: aditivos que previnem a deterioração dos alimentos pela oxidação. Os mais usados são o ácido benzoico, vitaminas A e E, nitratos e nitritos. Seu excesso está relacionado a alergias, distúrbios gastrointestinais, dermatite, hipersensibilidade e câncer.
Corantes: adicionados para substituir cores perdidas durante a preparação ou para tornar os alimentos mais atraentes. Podem ser naturais ou sintéticos. Alguns corantes permitidos no Brasil podem causar alergia, convulsões e câncer, como o vermelho-40 e a tartrazina.
Espessantes ou estabilizantes: aumentam a viscosidade do produto e estabilizam emulsões. Pode ter ação laxante.
Edulcorantes: presentes principalmente em alimentos especiais ou com restrição calórica, em substituição ao açúcar. Os mais usados na indústria são o aspartame, o ciclamato de sódio e a sacarina sódica, proibidos nos Estados Unidos depois que estudos relacionaram seu uso ao câncer. Um edulcorante seguro é a sucralose.
Flavorizantes: responsáveis por "imitar" o sabor natural de um produto, mas podem causar alergias.
Fenilalanina: substância importante para o metabolismo e para o bom funcionamento do cérebro. Para os portadores de fenilcetonúria, doença genética caracterizada pela incapacidade de degradar a fenilalanina, é tóxica. Por estar na estrutura química do aspartame, pode aparecer em alimentos dietéticos e lights.
Gordura interesterificada: com os alertas sobre os riscos de consumo da gordura trans, a indústria de alimentos criou um novo método de tornar óleos vegetais sólidos, a interesterificação. Por ainda ser pouco conhecida, não existem estudos suficientes sobre seu impacto no organismo, mas alguns já mostraram correlação com a resistência à insulina.
Gordura trans: tipo específico de gordura presente em alguns alimentos que contém gordura vegetal ou derivados do processo de fritura em óleo vegetal, como margarinas, biscoitos, salgados, sorvetes. Uma brecha na legislação permite constar "livre de trans" nos rótulos se na porção existir quantia igual ou inferior a 0,4g.
Glúten: proteína presente em cereais, principalmente no trigo. Éresponsável pela famosa "liga" da massa, favorecendo seu crescimento e consistência. Pessoas portadoras de doença celíaca apresentam uma hipersensibilidade ao glúten e não podem consumi-lo.
Umectantes: mantêm o alimento úmido e macio. Os antiumectantes têm ação inversa e são utilizados em alimentos que necessitam se manter sempre secos e crocantes, como biscoitos e salgadinhos.
Fonte: Marcus Ávila, nutricionista do Instituto Mineiro de Endocrinologia
Aprenda a escolher
Achocolatado
Por ter como principal ingrediente o açúcar não são interessantes para ninguém, apesar de muito usado por crianças. Uma opção é usar o chocolate ou cacau em pó, onde a base também é o açúcar, porém em menor quantidade.
Adoçante
Evite o aspartame, o ciclamato de sódio e a sacarina sódica. O adoçante mais seguro no mercado é a sucralose. Por ser derivado da cana de açúcar, possui elevado poder adoçante e tem sabor muito semelhante ao do açúcar.
Iogurte
Atenção: leite fermentado e bebida láctea não é iogurte. Evite os integrais por causa da gordura saturada. Dê preferência aos naturais que apesar de mais calóricos têm menos aditivos e podem ser adoçados com adoçantes seguros ou com a própria fruta. Principalmente nos iogurtes de morango, olhe a lista de ingredientes e evite aqueles com corantes vermelho-40 e tartrazina.
Pão de forma
Opte por aqueles com menor quantidade de gordura e sódio e maior quantidade de proteínas e fibras. Não necessariamente o pão que apresenta a maior variedade de fibras é melhor. Olhe também a lista de ingredientes e evite aqueles com gordura vegetal, gordura vegetal hidrogenada ou gordura interesterificada.
Suco industrializado
Observe a presença de corantes e adoçantes. A indústria já está fazendo sucos com sucralose, edulcorante mais seguro. Priorize essas opções.
Dicas
Observe os nutrientes de origem das calorias ao invés de seu valor calórico ou percentual. Escolha os que apresentam menos gorduras, carboidratos e proteínas, nessa ordem. Atenção com as informações da tabela, sempre referentes a uma porção.
Fique atento ao que vem primeiro na lista de ingredientes, é a substância em maior quantidade no produto. Fuja dos alimentos com gordura trans, gordura vegetal, gordura vegetal hidrogenada ou gordura interesterificada, corantes como vermelho-40 e tartrazina, adoçantes como aspartame, ciclamato de sódio e sacarina sódica, e nitrito e nitrato.
Alimentos diet são aqueles com quantidades insignificantes ou totalmente isentos de algum nutriente e light aqueles em que a quantidade de algum nutriente ou seu valor energético foi reduzido quando comparado ao convencional. Em ambos, nem sempre é o açúcar o nutriente reduzido. Podem ser alteradas as quantidades de gorduras, proteínas, sódio, entre outros, por isso a importância da leitura dos rótulos.
Fonte: http://www.crn8.org.br/midia/2011/fevereiro/016.htm
Autora: Carolina Cotta
Dra. Evellen Lima - Nutricionista
Nutrição Clínica e Funcional - Atendimento em Maringá (3024-2781) e Marialva (3232-3651)
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Fabricantes terão de reduzir substância cancerígena em refrigerantes
Do UOL Ciência e Saúde
28/10/2011 - 18h17
Fabricantes de refrigerantes de baixas calorias ou dietéticos cítricos vão reduzir a quantidade de benzeno (substância cancerígena) das bebidas no prazo de até cinco anos, conforme acordo fechado com Ministério Público Federal em Minas Gerais (MPF/MG). As informações são da Proteste Associação de Consumidores.
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com a Ambev, a Coca-Cola e a Schincariol prevê que a quantidade máxima deverá ficar em cinco microgramas por litro.
A presença do benzeno nas bebidas foi detectada em 2009 pela Proteste ao realizar exames em 24 amostras de diferentes marcas. O Termo de Ajustamento de Conduta foi assinado agora, dois anos após o MPF instaurar inquérito civil público para apurar o caso.
Ao analisar 24 amostras de diferentes marcas, a Associação detectou a presença do benzeno em sete delas: Fanta laranja, Fanta Laranja light, Sukita, Sukita Zero, Sprite Zero, Dolly Guaraná e Dolly Guaraná diet. Em duas das amostras – Fanta laranja light e Sukita Zero – a concentração estava acima dos limites considerados aceitáveis para a saúde humana. Foram encontrados limites aceitáveis de benzeno no Dolly guaraná tradicional e light, na Fanta laranja tradicional, Sukita tradicional e no Sprite Zero.
De acordo com o MPF, a legislação brasileira, em especial o Código de Defesa do Consumidor, estabelece que os produtos colocados à venda no mercado não poderão trazer riscos à saúde ou à segurança dos consumidores, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a fornecer as informações necessárias e adequadas a respeito.
Já que as bebidas testadas traziam ácido benzoico, era possível que algumas também tivessem benzeno, uma substância cancerígena que resulta da combinação dos ácidos benzoico e ascórbico, mais conhecido como vitamina C.Estas duas substâncias juntas, sob certas condições de exposição à luz e ao calor, podem reagir e formar o benzeno.
Como não existe um limite fixado pela Anvisa para refrigerantes, a Proteste utilizou o parâmetro de água potável que é de 5 micrograma por litro. Como a OMS e as autoridades sanitárias estrangeiras e nacionais não estabeleceram um limite de benzeno para refrigerantes e sucos, considera-se que, no mínimo, deve ser adotado o mesmo limite utilizado para a água potável. As marcas reprovadas estavam acima desse limite.
O MPF também expediu recomendação para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária realizasse os estudos necessários para determinar a concentração máxima, tolerável, da substância nos refrigerantes comercializados no país.
Os fabricantes informaram que a formação do benzeno decorre de um processo químico geralmente desencadeado nos refrigerantes light/diet, já que a presença do açúcar inibe a formação da substância. Disseram ainda que “a eventual identificação de traços mínimos de benzeno em determinado produto pode se dar por razões diversas e alheias aos esforços da empresa, como, por exemplo, em decorrência da quantidade de benzeno pré-existente na água”.
Alguns comentários postados na reportagem da UOL:
NUNCA VIMOS TANTOS CASOS DE CÂNCER NA POPULAÇÃO. CERTAMENTE NUNCA CONSUMIMOS TANTOS PRODUTOS CANCERÍGENOS COMO AGORA. EU SEMPRE SOUBE QUE O BENZENO É CANCERÍGENO PORÉM NUNCA SOUBE QUE USAVAM BENZENO EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS. NO MÍNIMO UMA IRRESPONSABILIDADE DOS ÓRGÃOS REGULADORES E FISCALIZADORES.
VÃO REDUZIR???? KKKKKK REPITAM COMIGO: EU SOU UM PALHAÇO!!! EU SOU UM PALHAÇO!!! EU SOU UM PALHAÇO!!! TINHA QUE PROIBIR ESSES PRODUTOS NO BRASIL, ASSIM COMO SÃO PROIBIDOS EM QUASE TODO O RESTO DO MUNDO. ALGUÉM SABE PQ A COCA-COLA ZERO É COMERCIALIZADA APENAS EM ALGUNS PAÍSES E PQ O BRASIL É UM DELES???
Quer dizer que, por mais cinco anos a população terá que ingerir substâncias cangerínas?
Por que a pesquisa só envolve os refrigerantes diet e light CÍTRICOS? Não deveria abranger todas as bebidas de baixas calorias ou dietéticos ?? A coca-cola zero por exemplo contém aspartame. E também algumas marcas de energéticos contém essa substância em sua composição. Então, quem conseguir ficar longe dessas bebidas é a melhor coisa a se fazer.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
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Horário de verão: não sofra
Publicada no Suplemento D Saúde no dia 16/10/2011
Por: Fábio Castaldelli
Com o início do horário de verão, os moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem adiantar o relógio em uma hora, a partir da meia-noite de hoje (16 e prossegue até o dia 26 de fevereiro de 2012).
A mudança no horário, que tem como objetivo o melhor aproveitamento da luz natural ao entardecer, o que proporciona substancial redução na geração da energia elétrica, entretanto, afeta o relógio biológico.
Dentre os efeitos sentidos nos primeiros dias estão, principalmente, os diretamente ligados à redução das horas de sono, responsáveis por ocasionar a variação de humor e de hábitos alimentares.
Com o tempo, o corpo e a mente se acostumam com o nova rotina. Uns se adaptam mais rápido do que outros, mas a estimativa é que em uma semana a adaptação seja completa.
Para facilitar este processo, a psicóloga Gescielly Tadei orienta que aceitar as condições impostas pelo horário de verão é fundamental. "Quanto mais se reclama, maior a dificuldade em aceitar a nova condição de vida", diz.
A dica é tentar, mesmo com uma hora a menos de sono, manter o ritmo normal de trabalho e dos afazeres domésticos, em especial, aqueles que têm criança em casa, pois elas são as que mais sofrem nos primeiros dias.
"As crianças não podem ter alterações bruscas de rotina. Manter a harmonia de horários de alimentação e sono são essenciais para seu bom desenvolvimento", completa.
Solução está na mesa
No enfrentamento da mudança imposta pelo horário de verão, o remédio não está em nenhuma prateleira de farmácia, mas sim na escolha do cardápio correto.
De acordo com a nutricionista Evellen Lima, a falta de alguns nutrientes e de hidratação contribuem para agravar o cansaço, as dores de cabeça e o sono excessivo.
Nesse sentido, recomenda-se evitar o consumo de comidas demasiadamente gordurosas. Além disso, tomar café e chá preto e ‘se empanturrar’ no jantar ou dormir sem comer são hábitos desaconselhados, pois se impõem como barreira para o bem-estar.
"Desse modo, a preferência deve ser dada para alimentos menos calóricos e que ganham pelos bons valores nutritivos, como frutas, sucos, legumes e verduras. Tudo isso sem abrir mão, é claro, de uma boa hidratação", sugere.
Tomando essas medidas, a adaptação ao horário de verão tende a ser mais fácil e rápida. No entanto, o conselho é que essas medidas continuem sendo tomadas durante o verão inteiro, já que na estação mais quente do ano o metabolismo se torna mais lento e as sensações desagradáveis causadas pelo novo horário e o calor podem se estender por toda a estação.
http://www.odiario.com/saude/noticia/501597/horario-de-verao-nao-sofra/
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Basicamente, o futebolista deve seguir as recomendações de alimentação saudável (reeducação alimentar) para melhorar sua saúde, sistema imunológico, energia e recuperação, porém, existem alguns aspectos na dieta de um atleta que são diferentes do que de uma pessoa que não pratica o mesmo volume de exercícios do que ele. Se o jogador não se organizar em relação à sua dieta e suplementação, poderá perder força, rendimento e velocidade dentro do campo.
• Carboidratos: esse nutriente em abundância é fundamental para o bom desempenho do jogador. É o carboidrato o responsável pela energia, força e reserva nos músculos. Então, o jogador deve fazer cerca de 6 refeições ao dia e todas devem contar carboidratos. Fontes: pães, cereais, arroz, macarrão, batata, mandioca, maltodextrina (usada pré e durante treinos), dextrose (usada após o treino ou jogo), biscoitos, massas, etc.
• Proteínas: são elas que ajudam na reparação e manutenção da massa magra do jogador, muito importante, pois melhora a potência, boa forma e peso do atleta. Não deve haver exagero no consumo desse nutriente, pois senão, o consumo de carboidratos ficará menor. O ideal é o consumo de 1,4-1,6g de proteínas por kg de peso. Fontes: leite, queijos, carnes, aves, peixes e ovos.
• Gorduras: todos os futebolistas necessitam de um pouco de gordura no cardápio, para uma adequada fabricação hormonal e um pouco de reserva de energia. Eles deverão preferir as gorduras boas: azeite, abacate e castanhas.
• Vitaminas e Minerais: Muitos atletas pecam nesses nutrientes, pois não gostam muito de frutas, legumes e verduras. Tome cuidado, afinal, as vitaminas e os minerais são peças fundamentais no quebra-cabeça que é o metabolismo. Eles ajudam no fornecimento de energia, mantém a saúde e equilíbrio do corpo, nutrem ossos, dentes e músculos e atuam como coadjuvantes na fabricação de substâncias e hormônios importantes.
• Líquidos: Importantíssimos! Os futebolistas treinam intensamente todos os dias o que facilita a desidratação. Um atleta desidratado é um atleta fracassado. O ideal é ingerir líquidos durante o dia todo, em grandes quantidades, sejam eles: água mineral, água de coco, isotônicos e sucos naturais. Evitar refrigerantes e álcool!
• Suplementos: os suplementos mais indicados para jogadores são: maltodextrina, dextrose, hipercalóricos, BCAA, glutamina, creatina, whey protein e cafeína. O uso de suplementos depende muito do objetivo e necessidade individual, então, só deverão ser usados sob prescrição de um nutricionista. Outro fato importante: idade. Como existem futebolistas com menos de 18 anos, é importante a suplementação sempre ser feita sob orientação.
Com essas alterações no cardápio, o futebolista irá sentir grande diferença em seu rendimento nos treinos e jogos, tornando-se assim, mais fácil ser um campeão!
BARROS, Turíbio L, GUERRA, Isabela. Ciência do futebol. Editora Manole, 2004.
BIESEK, Simone; GUERRA, Isabela, ALVES, Letícia Azen. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. Editora Manole, 2005.
GUERRA, I. SOARES, E.A., BURINI, R.C. Aspectos nutricionais do futebol de competição. Rev Bras Med Esporte – vol. 7, nº. 6 – nov./dez., 2001
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
31 de Agosto
"Dia do Nutricionista"
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Você já parou para analisar quantos livros de dieta surgem a todo o momento, revistas prometendo quilos a menos, alguns falando faça isso, corte aquilo? Não é por menos que os indivíduos possuem inúmeras dúvidas a respeito do que comer, sofrem com dietas malucas e deixam de manter a saúde no topo.
Desculpe-me dizer, mas você deve pensar que sua saúde têm que estar no topo, em qualquer idade.
A dieta da revista não lhe dirá como manter o controle em dias de ansiedade, não lhe dirá como manter todo o peso eliminado, não lhe ensinará o mínimo sobre fisiologia e anatomia humana.
Seu metabolismo deve se manter ativo, infelizmente muitos dizem para manter um consumo de água, por exemplo, sem saber ao certo o motivo. Quando você entende o por que realiza tal atitude, as coisas ficam mais lógicas.
Pense em se manter sempre ativa (o), com peso saudável. Dietas prontas são baseadas a curto prazo. Ainda, você corre o risco de perder músculo ao invés de gordura. Uma perda de tempo. Otimize seu tempo!
Ainda mais, cortando um determinado grupo de alimentos completamente você pode deixar de obter nutrientes essenciais, vitaminas e minerais, que seu corpo necessita para funcionar, protegê-lo contra as doenças e envelhecimento precoce.
Algumas dietas da moda são baseadas em comer um único alimento ou refeição, como a dieta da "banana verde", "banana madura". Brincadeiras a parte, onde estão os alimentos de sua preferência e o prazer das refeições nestas horas? Onde estão as evidências que garantem sua saúde?
Muitos pacientes que realizam dietas da moda perdem muitos fios de cabelos, ficam com as unhas fracas, pele ressecada, sentem-se deprimidos, cansados, com graves problemas circulatórios, sem contar nas doenças tipicamente carênciais, como a anemia ferropriva.
Mas tenho certeza que você quer manter sua saúde no topo!
Pequenas alterações na sua dieta pode ajudar você a atingir um peso saudável, e ainda existem muitas formas de incluir a atividade física em sua rotina. Exercícios só não gastam calorias, como também protegem contra doenças.
Nutricionista Clínica e Funcional
CRN8 6802
Fonte: Parte do texto Dietas radicais afetam a saúde e não mantêm peso, dizem especialistas, G1, 2011.
Por que é difícil fazer dieta?
Com certeza essa é uma pergunta que muitas pessoas já se fizeram. E não é só questão de força de vontade, como muitos podem achar. A seguir é apresentada parte de uma possível explicação para essa pergunta.
Quando as pessoas fazem dieta, é comum que fiquem longos períodos de tempo sem se alimentar ou comendo quantidades muito pequenas de alimentos. Essas condições, para o corpo, muitas vezes são reconhecidas como um “pequeno jejum”, fazendo com que a utilização dos nossos substratos energéticos seja alterada. O corpo passa a utilizar, como fonte de energia, mais as gorduras do que a glicose do sangue – que o corpo tenta poupar por ela já se encontrar em concentrações diminuídas devido à baixa ingestão de alimentos na dieta.
Aparentemente, pode parecer interessante que o corpo utilize mais gordura como fonte de energia. Porém, não se pode esquecer que, além das reservas de gordura, o corpo também passa utilizar as proteínas – inclusive dos músculos – para compensar a falta de energia que o corpo não está recebendo da alimentação. Logo, haverá uma perda de massa magra que não é desejável.
Somado a isso, um estudo publicado no periódico Cell Metabolism, ainda no mês de agosto desse ano, mostrou que existem neurônios específicos no sistema nervoso central que são capazes de perceber esse aumento na utilização de gorduras pelo corpo durante períodos de jejum. Quando há esse reconhecimento, alguns neurônios específicos começam a produzir e liberar uma substância chamada AgRP (Agouti-Related Peptide), a qual será responsável por levar o indivíduo a um estado de hiperfagia (consumo alimentar excessivo), exatamente para tentar compensar a falta de alimentos que há durante o jejum.
Além disso, outros estudos têm demonstrado que o AgRP ainda é capaz de reduzir o gasto energético, o que, junto com um consumo alimentar aumentado, contribui de forma direta para o aumento de gordura e de peso corporal. E, para piorar a situação, também já foi evidenciado que o efeito do AgRP no aumento do consumo alimentar e na diminuição do gasto energético é capaz de durar muitas horas ou até dias após a liberação dessa substância pelos neurônios.
É verdade que pessoas que decidem fazer dietas, na maioria das vezes, não chegam a um estado de jejum verdadeiro. Ou seja, os efeitos do sistema nervoso sobre o aumento do consumo alimentar e sobre a diminuição do gasto energético ainda sim acontecerão, só que numa intensidade menor do que alguém que permaneça em jejum prolongado, por exemplo. E esse é o nosso corpo, sempre tentando manter a homeostase (equilíbrio).
A realização de mais estudos para compreender o exato mecanismo de ação desse processo que ocorre a partir do sistema nervoso pode ser importante para futuros tratamentos de doenças que ocorrem ou que são agravadas pelo aumento do consumo alimentar e da adiposidade nos indivíduos, como a obesidade e a síndrome metabólica, por exemplo.
Concluindo, pode-se dizer que essa é uma das inúmeras barreiras que podem ser encontradas quando o assunto é fazer dieta. É uma tarefa difícil porque, independentemente da “vontade” das pessoas, o nosso corpo ainda consegue nos “sabotar” e pede para que a nossa ingestão de alimentos seja aumentada. Ou seja, não basta apenas uma drástica redução na ingestão de alimentos ou períodos prolongados sem se alimentar para a redução do peso corporal.
Por isso, é sempre importante consultar um nutricionista capacitado a pensar em estratégias para um emagrecimento efetivo e saudável, e trabalhar o emagrecimento não através de uma dieta, mas sim, de uma reeducação alimentar individualizada.
Evellen Lima
Nutricionista - CRN8 6802
Atendimento na Bella Company - Beleza e Nutrição
Avenida Américo Belay, 1410 - Jardim Imperial
3024-2781 / 9941-5530
Referências:
1. Kaushik et al. Autophagy in Hypothalamic AgRP Neurons Regulates Food Intake and Energy Balance. Cell Metabolism 2011; 14(2):173-183.
2. Stanley et al. Hormonal regulation of food intake. Physiol Rev. 2005; 85:1131-1158.